domingo, 31 de outubro de 2010

 

Um pássaro à beira da extinção



Se non è vero, è ben trovato:
«Bird Hunted To Near Extinction Due To Infuriating 'Fuck You' Call»




sexta-feira, 29 de outubro de 2010

 

A diferença entre um badameco e um estadista



O Presidente da República Aníbal Cavaco Silva acaba de anunciar a sua recandidatura.

As sondagens vêm prenunciando a sua reeleição logo à primeira volta, provavelmente mais do que por falta de uma alternativa verdadeiramente séria do que por mérito próprio, mas não é com o meu voto que elas contam.

O caso mais paradigmático que marca a presidência de Cavaco Silva foi o da promulgação da proposta de lei que aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não é fácil encontrarmos um Presidente que, como neste caso, revele uma falta de carácter e de dignidade e uma completa ausência das noções mais básicas de sentido de Estado.

Embora durante anos sempre tenha fugido à pergunta como o Diabo da cruz, todos sabíamos que Cavaco Silva era contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Era a sua opinião, e pronto!

Mas na hora da promulgação da lei que implementava um determinado regime jurídico com o qual não concordava, que fez Cavaco Silva?
Em vez de vetar a proposta de lei, promulgou-a!
Não sem antes – pasme-se – chegar ao supremo ridículo de a enviar para apreciação parcelar no Tribunal Constitucional.
Que falta de vergonha!

Acontece que o veto presidencial é, antes de mais, um acto político estabelecido constitucionalmente e que marca uma determinada posição e uma opção política ao dispor do Presidente da República.
Não é algo de vazio ou inútil. Representa a marcação de uma posição política, com tudo o que isso significa num Estado de Direito.

O que teria feito um verdadeiro Estadista em tais circunstâncias?
O que teriam feito Churchill, Roosevelt, Helmut Khol, Miterrand, Mário Soares ou Jorge Sampaio?
Teriam obviamente assumido a sua posição política e, se fossem contra a lei, tê-la-iam certamente vetado.
Contra tudo e contra todos, teriam afirmado com verticalidade, com honestidade e com sentido de Estado, a sua convicção pessoal e a sua posição política.

Cavaco Silva não!
Cavaco Silva optou por mandar às malvas aquilo em que acreditava, jogando obviamente em favor de votos para o seu segundo mandato e procurando ao mesmo tempo agradar a gregos e a troianos.
Cavaco Silva teve mesmo o arrojo de declarar aos portugueses que promulgou a lei «porque não tinha outra hipótese», já que se a vetasse os partidos com maioria parlamentar não deixariam de a aprovar novamente, e o Presidente seria obrigado a promulgá-la.

Ou seja, Cavaco Silva dobrou a espinha e promulgou a lei, cuspindo na Constituição que jurou cumprir ao espezinhar a figura do veto político que essa mesma Constituição pôs ao seu dispor.

Com uma falta de dignidade tão grande que chegou mesmo a recorrer pateticamente à desculpa esfarrapada «da situação financeira que o país vive».
E é aqui que se revela a mais abjecta falta de sentido de Estado do Presidente da República.

A mesma falta de sentido de Estado que marcou um mandato manchado por quezílias e intrigas palacianas destinadas a denegrir a honorabilidade do Governo e do primeiro-ministro, e que tão bem se revelou na sua ausência no funeral de José Saramago, no caso do Estatuto dos Açores ou no caso das escutas telefónicas da «inventona de Belém».

Enfim, a mesma falta de sentido de Estado que marca a diferença entre um Estadista e um badameco qualquer.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

 

A Certificação Oficial



Rezam notícias da nossa vizinha Espanha que começa hoje a ser julgado num tribunal criminal da cidade de Valência um ilustre cidadão de nome Ángel Muñoz Bartrina, que há quase duas décadas se faz passar por vidente e por sacerdote católico, e que fundou uma seita a que chamou «Esclavitud del Sagrado Corazón de Jesús».

O falso padre Ángel Muñoz Bartrina arrisca-se a uma condenação de oito anos de cadeia pelas acusações de fuga ao fisco, de associação criminosa e burla, já que fazia crer aos seus seguidores que era o porta-voz da Virgem Maria e que transmitia mensagens vindas do próprio Diabo.

Moral da História:
Para que alguém goze de benefícios fiscais e se possa dedicar livremente a burlar as pessoas e a extorquir-lhes dinheiro em troca de mensagens da Virgem Maria e de ameaças com as penas do Inferno, tudo isto sem arriscar uma pena de prisão, o melhor é obter previamente uma certificação oficial emitida pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana...


domingo, 24 de outubro de 2010

 

Noise





quinta-feira, 21 de outubro de 2010

 

Citação do Dia [11]




terça-feira, 19 de outubro de 2010

 

A diferença entre um estadista e um badameco



É sabido que Francisco Sá Carneiro estava em processo de divórcio mas que vivia maritalmente com Snu Abecassis.
Mesmo enquanto primeiro-ministro, e até em cerimónias oficiais, sempre assumiu frontalmente a relação com a mulher que considerava então como sua família, e que com ele morreu no trágico acidente de Camarate.
Ninguém nunca se atreveu a questionar sequer essa relação!

Também é sabido que quando Jorge Sampaio era Presidente da República lhe foi discretamente sugerido por ocasião de uma projectada visita oficial ao Vaticano que não se fizesse acompanhar de sua mulher, porque não era com ela casado pela Igreja, mas tão só civilmente.
A resposta de Jorge Sampaio só podia de facto ser uma: preferia então cancelar a visita a ceder a tão ignóbil sugestão.
E o Papa não teve outro remédio que não engolir em seco e recebê-los oficialmente a ambos.

Agora chegou a vez do Presidente francês Nicolas Sarkozy.
Fontes oficiais do Vaticano confirmaram o envio de uma mensagem relacionada com a visita do Sarkozy ao Papa Bento XVI, dizendo que a primeira-dama, Carla Bruni, "não é bem-vinda no Vaticano", porque nos seus tempos de modelo chegou a posar nua.
Nicolas Sarkozy obedeceu à proibição do Papa e no início de Outubro deslocou-se sozinho ao Vaticano para conversar com Bento XVI deixando a sua mulher sozinha no Eliseu.

Não há dúvida:
Não há mesmo nada melhor do que a religião para transformar um homem num monte de merda.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

 

Arma Mortífera





terça-feira, 12 de outubro de 2010

 

A Religião P.C.P.



O Prémio Nobel da Paz de 2010 foi atribuído ao dissidente chinês Liu Xiaobo, pela sua «longa e não violenta luta pelos direitos fundamentais da China».
Liu Xiaobo, que foi uma das principais figuras dos protestos de Tiananmen em 1989, está neste momento preso por actividades consideradas subversivas pelas autoridades chinesas.

Tudo levaria a supor que seria unânime no mundo Ocidental o regozijo com a atribuição deste Prémio Nobel, com tudo o que ele significa e com as consequências que pode trazer.

Mas eis que o Partido Comunista Português veio agora lamentar a atribuição deste Prémio Nobel a Liu Xiaobo, porque o considera "mais um golpe na credibilidade" deste galardão, "que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos" e ainda uma inadmissível forma de "pressão económica e política" à República Popular da China.

Esta posição do P.C.P. bem demonstra a ideologia e a ética política deste partido, órfão do Muro de Berlim.
Demonstra que o P.C.P. não é já, há muito, um partido político, mas autenticamente uma nova forma de religião onde a irracionalidade e o fanatismo há muito imperam sobre as mais básicas noções de decência, e que se revê ideologicamente em regimes torcionários e abjectos como os da China, Cuba, Irão ou da Coreia do Norte.

Mas, mais do que isso, bem demonstra o que devemos esperar e qual o projecto político, filosófico e ético de regime que o Partido Comunista Português defende, afinal, para Portugal.


domingo, 10 de outubro de 2010

 

6 anos!




O «Random Precision» fez hoje seis anos.

Confesso que eu próprio não estava à espera de aguentar isto tanto tempo.

Mas enfim, cá vamos aguentando, às vezes com muito pouca pachorra e frequentemente muito pouco tempo para escrever qualquer coisinha.



Mas sempre, sempre fiel à sua linha editorial de sempre:




 

Copyright





sexta-feira, 8 de outubro de 2010

 

Pobrecito…



A un hombre de unos 70 años le está entrevistando un periodista en plena calle.

El hombre entrevistado se expresa del siguiente modo:
Soy hijo de exiliados.
Hasta los 27 años y poco antes de la transición no pude volver a España por culpa de Franco.
A mi padre, pobrecito, no sabíamos ni dónde enterrarlo.
Mi madre estuvo muchos años en silla de ruedas.
Ahora tengo 70 años.
Hace meses me sacaron el 30 % de un pulmón.
Mi mujer es inmigrante.
Tengo tres hijos con ella.
De los tres sólo trabaja una, la del medio,... pero no cobra nada.
Todos, incluidos los nietos, viven de mi asignación.
La mayor se acaba de divorciar.
Mi yerno se daba a las drogas y al alcohol y la ha dejado con dos niños.
El pequeño de mis hijos aún no se ha ido de casa y además se ha casado con una divorciada y la ha traído a vivir con nosotros.
Esa señora antes trabajaba, tenía mu buen puesto, pero desde que vino a mi casa ya no hace nada.
Ahora tienen dos niñas que también viven bajo nuestro techo.
Y para colmo este año, con lo de la crisis, casi no nos hemos podido ir de vacaciones y si me apuras... ni he podido celebrar que España ha ganado el Mundial.
....



El periodista pone los ojos muy redondos y comenta:
“Majestad, no creo que su situación sea tan mala!”



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

 

A Moral da Idade do Bronze



O Prof. Robert Edwards foi galardoado com o Prémio Nobel da Medicina pelos seus trabalhos no domínio das Ciências da Reprodução.

No ano de 1978 Robert Edwards (juntamente com Patrick Steptoe, que morreu em 1988) realizou a sua primeira fertilização in vitro e assim nasceu Louise Brown, que se tornou um símbolo do combate científico ao fenómeno da infertilidade.
Desde então, através desta técnica já nasceram mais de 4 milhões de seres humanos.

Não poderia ser mais merecido este prémio Nobel.
E, se pensarmos nos milhões de famílias e de casais inférteis que de outra maneira não poderiam viver a alegria e a felicidade de ter um filho, dir-se-ia até que ninguém ousaria discordar desta distinção.

Mas não!
A Igreja Católica já criticou a atribuição deste prémio Nobel, que considerou “despropositado”.
De facto, desde logo o Catecismo da Igreja Católica considera (§2377) que as técnicas de inseminação e fecundação artificial são “moralmente inaceitáveis”.
Ao que parece porque «dissociam o acto sexual do acto procriador».

Nem é preciso imaginar qual seria a reacção da Igreja Católica e de tantos e indignados “bons católicos” se de repente a Comissão Nobel desatasse a criticar e a considerar despropositados e imorais os critérios a que o Vaticano recorre para canonizar tanto facínora que andou por aí ou a comentar a protecção que das mais altas instâncias têm merecido tantos padres pedófilos.

Mas o que é absolutamente lamentável é que esta Igreja Católica do século XXI continue a ser regida por meia dúzia de lorpas fanáticos, desde logo a começar pelo facínora do próprio Papa Bento XVI, que persistem em querer determinar a vida das pessoas através de critérios de moralidade estabelecidos por pastores analfabetos da Idade do Bronze.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

 

Viva a República!



Neste centenário da República Portuguesa não deixa de me surpreender sinceramente quem se diz adepto da monarquia.

Em primeiro lugar, porque a “República”, com tudo aquilo que o conceito abrange, não se limita só em saber se a denominação do Chefe de Estado é “Rei” ou “Presidente da República”.

Em Portugal a República, mais do que isso, é um conceito de Liberdade cívica, política, social e até religiosa.
A República é o Registo Civil, é a escola pública, é o casamento civil e até a possibilidade da sua dissolução com o divórcio, é a igualdade de género e mais tarde o sufrágio universal.
E é, principalmente, sinónimo de modernidade, de Democracia e de laicidade do Estado.

Em segundo lugar, porque, quanto a mim, nenhuma democracia é perfeita num regime monárquico.
É aqui que recorrentemente ouço a pergunta: então a Inglaterra, a Espanha, a Holanda, a Bélgica, a Noruega, a Suécia… não são democracias?
Pois bem: se são monarquias, de facto não são democracias perfeitas!

Se quisermos ser intelectualmente honestos, não podemos inverter o raciocínio: isto é, não podemos classificar em primeiro lugar esses países como democracias, independentemente da observância de TODOS os critérios que definem qualquer democracia, e olhar depois para os seus regimes e, ao constatarmos que são monárquicos, repousarmos serenamente na conclusão de que, então, uma monarquia pode perfeitamente ser democrática.
Porque não é!

E não é, porque não concebo uma democracia que possa conviver com o facto de que as minhas filhas não teriam acesso à chefia do Estado, enquanto um qualquer outro cidadão o teria, unicamente por ser filho de um palhaço qualquer.
Que raio de conceito de democracia é esse, onde os direitos dos cidadãos são definidos em função do seu nascimento e da sua filiação?

Finalmente, não concebo como pode alguém dotado de um mínimo de lucidez considerar um regime que nos deu como Chefes de Estado, inamovíveis, perfeitos imbecis como D. Manuel I, D. Sebastião ou D. João V.
Ou até como D. Carlos, que nos deixou um país na bancarrota a que ele próprio chamava uma “piolheira”, com 80% de analfabetos, uma tradição de perseguições políticas e um atraso endémico a que se tinha perfeitamente conformado, e que era a vergonha da Europa e do mundo civilizado.

Bem sei que o cargo de Presidente da República não é também imune à imbecilidade; basta pensarmos no marinheiro de cabeça de abóbora que no Estado Novo foi Presidente durante quase duas décadas.
Mas aí vivíamos em ditadura e o fantoche triste e débil mental que era Américo Tomás mais não fez do que servir cegamente esse regime.
E o que é facto é que um “simples” Golpe de Estado o atirou pela borda fora e o fez substituir.

Também não gosto do actual Presidente da República. Nem um bocadinho eu gosto dele!
Mas aí é que está: o actual Chefe de Estado foi eleito!
Tenho de me conformar com esse facto e respeitá-lo institucionalmente, por muito que o despreze politicamente, e é por isso que podemos dizer que vivemos, então sim, em Democracia.
E depois, o Presidente da República tem um mandato limitado a cinco anos e um número de mandatos limitado a dois.
E é também nessas limitações e na possibilidade da renovação do titular da chefia do Estado que se encontra a definição de Democracia.

Ao contrário, num regime monárquico teríamos um Rei da Bélgica, tão banana que se suspendeu a si próprio por um dia para não promulgar uma lei, uma promessa de Rainha da Noruega que lança cartas de Tarot ou uma possibilidade de um Rei de Inglaterra que promove o criacionismo e a homeopatia.
Em Portugal teríamos um D. Duarte Pio, que é um reaccionário e um cretino tão absoluto que, se fosse rei, passaria certamente à História com o cognome de “O Chouriço”, ainda assim bajulado acriticamente por meia dúzia de marialvas fora de época, adeptos de “toiradas” e que se babam a ouvir o “fado do embuçado”.

Mas enfim, um lorpa tão grande, que acaba por ele próprio ser o principal obstáculo à causa monárquica!...


sábado, 2 de outubro de 2010

 

Atheists Are Better Educated in General





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