sexta-feira, 26 de março de 2010

 

O bando de facínoras e o chefe deles



Noticia o «New York Times» que a recente divulgação de troca de correspondência entre bispos do estado norte-americano do Wisconsin e o então cardeal Joseph Ratzinger demonstra que o agora Papa Bento XVI preferiu proteger um padre acusado de violar e de abusar sexualmente mais de 200 meninos deficientes.

Como se não bastasse, demonstrou-se agora que entre 1981 e 2005, enquanto chefe da Santa Inquisição (agora também chamada Congregação para a Doutrina da Fé), Bento XVI e alguns dos seus mais directos subordinados impediram a denúncia às autoridades judiciárias deste e de outros milhares de casos de denúncias de vítimas de pedofilia do clero católico, com o objectivo de proteger a Igreja Católica do escândalo que isso certamente constituiria.

Mas, mais grave do que o despudorado encobrimento destes crimes horrendos, é o facto de que a complacência de Bento XVI, e a política oficial do Vaticano de ir mudando os pedófilos de paróquia em paróquia, permitiu a continuação durante décadas de novos casos de violações e a destruição das vidas de milhares de crianças, o que não teria certamente ocorrido se não fosse a óbvia cumplicidade do Papa com estes criminosos.

É este o chefe da Igreja Católica.
É este o líder espiritual de todos aqueles que ainda se intitulam católicos.

É este facínora, é este bandido sem honra, que vem a Portugal daqui a pouco mais de um mês e que vai ser recebido oficialmente com honras de Chefe de Estado.




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