domingo, 15 de março de 2009

 

Ask not what your country can do for you…


…ask what you can do for your country!


Sexta-feira, uma gigantesca manifestação em Lisboa.
Talvez com mais de 200.000 pessoas.

Para além dos óbvios objectivos políticos e partidários, procuro na comunicação social o que pretendem os manifestantes.
O que reclama toda esta gente?

Então, em variadas entrevistas de rua, vejo nas televisões pessoas que reclamam privilégios corporativos perdidos que não querem pagar... mas que querem que eu pague.

Pessoas que se indignam e que reclamam porque é o mesmo Estado que lhes paga ao fim do mês que as quer "controlar" porque quer saber se elas cumprem o seu horário de trabalho.

Vejo também pessoas que clamam por um Estado paternalista e protector.
E que gritam sem se ouvirem a si próprias: «não podem ser as pessoas a pagar isto, tem de ser o Estado!».

Pessoas conformadas com o seu destino e que mais não querem que um Governo que tome conta delas e lhes conceda benefícios e regalias pelas quais não estão dispostas a lutar.
A não ser, claro está, quando «encetam outras formas de luta», que é como quem diz quando viajam em autocarros fretados para manifestações de rua.

Vejo ainda uma cidadã que explica que está na manifestação porque é contra a avaliação de desempenho dos funcionários públicos.
Porquê?
É simples, explica ela: porque a avaliação de desempenho impede a «normal» progressão de todos os funcionários até ao topo da carreira.

Sim.
Talvez haja dois tipos de portugueses:
- Os que estão a receber um subsídio do Estado;
- Os que reclamam o direito a receber um subsídio do Estado.

E talvez seja também verdade que cada país tem o povo que merece…




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