quinta-feira, 20 de novembro de 2008

 

His Master’s Voice



Quando a ministra da Educação já admitia fazer alterações à avaliação dos professores e se esperava, então, que os sindicatos a deixassem refém de um acordo com a entrega de um magote de alterações ao sistema ministerial que a deixasse encostada à parede e, principalmente, que deixasse bem claro a todos os portugueses que, de facto, os professores não se opõem mesmo à avaliação do seu desempenho profissional, o que sucedeu afinal?

Nada mais do que isto: a Fenprof abandonou a reunião agendada com a ministra da Educação porque esta se recusa a suspender o processo de avaliação.
Mário Nogueira foi bem claro:
- Não há propostas; a ministra recusou suspender o processo de avaliação!

Pois é:
Que não há propostas já toda a gente sabia há muito tempo.
Que o que os professores querem é pura e simplesmente a suspensão de todo e qualquer processo da sua avaliação que apareça por aí, também já todos sabíamos.

Nenhuma novidade, portanto.
Tanto assim que mesmo antes da reunião com a ministra já Mário Nogueira tinha anunciado novas manifestações, greves e vigílias.

Mas de onde vêm esta força e esta arrogância sem fim de Mário Nogueira?

É simples:

Mário Nogueira sabe bem que, na sua esmagadora maioria, os professores ainda andam esperançados no regresso aos bons e velhos tempos da rebaldaria dos 3 meses de férias, em que não havia aulas de substituição nem avaliações de desempenho.
Mais ainda, conhece principalmente a quantidade infinda de professores que têm um pavor de morte de ser avaliados.

Por isso, basta-lhe estalar os dedos para arrastar consigo 100.000 professores, todos muito ciosos a seguir orgulhosa e acriticamente «a voz do dono».

Mas o que mais é lamentável é que com esta atitude os professores não vejam a imagem que estão a dar de si próprios a todo o país.

Senhora ministra: por favor, não desista!




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