quarta-feira, 1 de novembro de 2006

 

A Gazeta da Semana



Noticia o «Público» que os sindicatos dos professores e o Governo cessaram as negociações sem terem chegado a um acordo de fundo sobre o «Estatuto da Carreira Docente».
Perante a "falta de cedência" da ministra da educação às suas principais objecções, as estruturas sindicais ameaçam agora com novos protestos.

Na base das principais divergências entre o Governo e os sindicatos estão agora a divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular), a introdução de quotas para aceder à categoria mais elevada de professor titular (o que impedirá mais de dois terços dos professores de chegar ao topo da carreira), e a não contagem de tempo de serviço em caso de uma avaliação de desempenho de nível "regular" ou de situações de faltas, ainda que justificadas.

Ora, esta notícia fez-me lembrar cá uma coisa mesmo muito curiosa.

A adolescente cá de casa (que frequenta o 11º ano numa escola perto daqui), passou assim a semana passada:

- Na segunda-feira, devia ter tido 6 aulas, teve 4;
- Na terça-feira, devia ter tido 8 aulas, teve 2;
- Na quarta-feira, devia ter tido 8 aulas, teve 2;
- Na quinta-feira, devia ter tido 6 aulas, teve 2;
- Na sexta-feira, devia ter tido 6 aulas, teve 2.

Ou seja, enquanto durante toda a semana devia ter tido 34 horas de aulas, teve somente 12.
Quer isto dizer que durante a semana passada teve somente 35% das aulas previstas no seu horário, isto é, pouco mais de um terço.
Os professores faltaram nas restantes...


Senhora ministra: por favor, não desista!




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