terça-feira, 26 de setembro de 2006

 

A «joint venture»



Com uma habilidade diplomática notável, o Papa Bento XVI lá conseguiu, pelo menos por agora, acalmar os protestos que um pouco por todo o mundo islâmico se levantaram com as citações de imperadores bizantinos que agora resolveu começar para aí a fazer.

Sem ter de se retractar ou de pedir desculpa - e também sem ter a coragem suficiente para endireitar as costas e assumir alto e bom som que efectivamente aquilo que disse é aquilo que pensa (ele e toda a gente), e que é verdade que os muçulmanos não têm feito outra coisa ao longo da História que não «espalhar a fé usando a espada» - é de facto absolutamente notável como Ratzinger com uma simples reunião com duas dúzias de sujeitos vestidos de robe de seda e de toalha na cabeça conseguiu esvaziar de importância uma polémica que correu mundo.

Bastou-lhe, inteligentemente e com um discurso cheio de lugares-comuns, apelar ao diálogo ecuménico entre todas as religiões face aos «desafios que todos juntos têm de enfrentar».

Para aplacar aquela gente, o Papa não teve mais do que lhes propor a criação de uma espécie de joint-venture de multinacionais da exploração crendice das pessoas, um grande monopólio mundial de todas as religiões, finalmente unidas por aquilo que realmente todas elas têm em comum:

- O uso da espada para espalhar a fé!




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