quarta-feira, 13 de julho de 2005

 

Tornarei a fazer o mesmo. Exactamente o mesmo!



Terminou o julgamento de Mohammed Bouyeri, o homem de naturalidade marroquina, mas de nacionalidade holandesa, acusado do homicídio do cineasta holandês Theo van Gogh.

A leitura da sentença está prevista para o próximo dia 26 de Julho.

Theo van Gogh foi assassinado em plena luz do dia numa rua de Amsterdão. Bouyeri desfechou-lhe 15 tiros à queima roupa. Depois apunhalou-o diversas vezes.
Indiferente às palavras do cineasta, que ainda lhe disse «podemos conversar sobre isto?», finalmente degolou-o.

Sobre o cadáver deixou uma carta com citações do Corão.

Durante o julgamento Mohammed Bouyeri afirmou ter actuado de acordo com as suas crenças religiosas
Depois, virou-se para a mãe de Theo van Gogh, presente na sala de audiências e disse-lhe:
«Tenho de admitir que não lamento por si. Não sinto a sua dor, porque não sei o que é perder um filho. Mas não lamento por si porque a senhora é uma infiel.
«Agi de acordo com as minhas convicções, não porque odiasse o seu filho.

Depois, com voz calma virou-se para toda a audiência presente na sala e declarou:
«E posso assegurar-vos que um dia, se vier a ser libertado, tornarei a fazer o mesmo. Exactamente o mesmo!».

Perante estas declarações, ou recordando as palavras do sheik Omar Bakri Mohammed que diz que «a vida de um descrente não tem qualquer valor», a pergunta que se coloca é esta:
Haverá, de facto, alguma maneira eficaz de se combater o fanatismo religioso, qualquer que ele seja?



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