quinta-feira, 9 de junho de 2005

 

Good Intentions Gone Bad


É este o título do excelente artigo de Rod Nordland, que durante dois anos foi correspondente da «Newsweek» no Iraque.

Nordland conta-nos como há dois anos foi para o Iraque acreditando na justeza da invasão americana e na deposição de Saddam Hussein pela força das armas.

Mas agora admite que muita coisa correu mal, e relata como desde Abril de 2004 a operação americana no Iraque não é mais do que um desesperado exercício de «controle de estragos» ou «damage control».

Fala em especial daquilo a que chama o escândalo de Abu Ghraib, responsabilizando em primeiro lugar os próprios chefes militares americanos, e como o relato dos abusos aos prisioneiros iraquianos acabou com o pouco apoio de que os Estados Unidos ainda gozavam no seio da população civil.

Depois, interroga-se sobre o destino dos 17 biliões de dólares injectados em privilegiadas empresas particulares americanas, para investimentos em projectos de reconstrução que ninguém vê.

Nordland nem sequer fala do falso pretexto da invasão, com a velha história das armas de destruição maciça que nunca foram encontradas.

Mas não deixa de referir que a questão não é já «quando será que os americanos retirarão do Iraque».
A questão é agora saber «que balbúrdia os americanos se poderão dar ao luxo de deixar para trás, quando deixarem o Iraque».

Mas talvez a mais chocante afirmação de Rod Nordland diga respeito à constatação da incapacidade dos americanos em conseguir as condições mínimas de segurança para a própria vida quotidiana no país, referindo-se em especial à estrada que liga a principal base americana ao aeroporto.
E como o mais gigantesco e poderoso exército de todos os tempos na História da Humanidade, nem sequer consegue assegurar uma protecção eficaz a uma simples estrada de 3 quilómetros...




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