sexta-feira, 11 de março de 2005

 

11-M


No dia 11 de Março de 2004 três atentados atribuídos à organização terrorista Al Quaeda, de Bin Laden, provocaram em Madrid quase duas centenas de mortos e mais de 1.400 feridos.
Os terroristas colocaram explosivos em comboios, e fizeram-nos explodir nas estações ferroviárias de Atocha, Santa Eugénia e El Pozo.

Mais do que a indignação que causaram em todo o mundo, mais do que a profunda raiva que me provocaram, estes atentados causam-me ainda hoje uma indescritível revolta, quando penso que nada nos pode assegurar que não voltarão a repetir-se.
E isso é já a primeira vitória dos terroristas!
Porque significa já uma perda da minha LIBERDADE.


Por isso, pergunto-me frequentemente se, de facto, estaremos a contribuir para a reconquista dessa liberdade.
Ou se, pelo contrário, não estaremos todos os dias a perdê-la mais um pouco.
E pergunto-me até se essa liberdade, que tantos séculos nos custou a conquistar, que julgávamos garantida e definitivamente adquirida, não desapareceu já de vez do mundo ocidental.
Levada por gente que, sejamos verdadeiros, associamos imediatamente a uma religião distante, a nacionalidades e culturas longínquas, e... a uma raça diferente.
Gente que acolhemos generosamente na nossa terra, com quem partilhamos os nossos direitos e a nossa liberdade, e cujos filhos andam e brincam na escola com os nossos filhos.

É então que (e é envergonhado comigo mesmo que o confesso), dou por mim a reprimir já com uma estranha e inesperada dificuldade, sentimentos da mais básica e primária xenofobia.
Que nem sequer sabia que existiam...

Mas sou só eu que sinto isto?
Sou só eu que penso assim?
Merda para isto!!!



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